Regressando à Praça que tem o nome de uma das grandes heroínas de Monção – Deu-la-Deu Martins!
Fiquei fascinado com a lenda sobre esta mulher que nos conta a forma inteligente e ardilosa como ajudou a vencer os Castelhanos numa das vezes em que estes cercaram a praça de Monção e, não podendo forçar as portas, pretendiam fazer rendê-la pela fome.
Fiquei fascinado com a lenda sobre esta mulher que nos conta a forma inteligente e ardilosa como ajudou a vencer os Castelhanos numa das vezes em que estes cercaram a praça de Monção e, não podendo forçar as portas, pretendiam fazer rendê-la pela fome.
Quando estava já cozida a última fornada de pão de que dispunha dentro da Vila, Deu-la-Deu Martins atirou-os da muralha, bradando aos inimigos: "porque deveis ter falta de pão, nós repartimos convosco aquele que nos sobra".
O inimigo, enganado por este expediente, julgando estar a fazer um cerco a uma vila onde reinava a abundância, levantou o cerco e foi-se embora.
O inimigo, enganado por este expediente, julgando estar a fazer um cerco a uma vila onde reinava a abundância, levantou o cerco e foi-se embora.
Pois foi mesmo aqui nesta Praça que eu, quer passeando debaixo das suas árvores, quer conversando no interior do carro de uma amiga, viria a tomar, meses mais tarde, uma das mais importantes decisões de carácter pessoal e sentimental de toda a minha vida.
Foi, enfim, aqui que descobri a minha heroína, a minha lenda e o rumo a dar à minha vida.
Utilizando talvez uma estratégia idêntica à de Deu-la-deu Martins mas com efeito inverso, ou seja, ao apertar do "cerco" respondemos os dois de igual modo: dando e recebendo, não o pão mas sim o amor, a amizade e o companheirismo que ainda hoje, passados mais de trinta anos, perdura!
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